“Elas; razão, lutas e sonhos, assim disseram não a violência machista”
Ontem, terça-feira (05), em Audiência Publica, no Uauá, foi debatido o tema; Violência contra a Mulher. Quem acompanha a história da humanidade, certamente, percebe que as mulheres foram atiradas a obscuridade, e confinadas ao esquecimento histórico, direitos feridos e roubados, igualdade negada, seguida de uma luta ensanguentada onde a feminista Simone de Beauvoir deixou seu grito como uma prece, que até hoje ecoa, na alma feminina. Parece que as utopias do feminismo ressuscitaram a rebeldia de milhões de mulheres, hoje, insatisfeitas com a herança opressora de uma sociedade machista, que ainda se vale da violência como marca de uma dominação arcaica, viva apenas nos músculos, e morta no cérebro e na alma. A psicóloga Geisabel Lima, em seus pronunciamentos revestidos de sabedoria, esperança e paixão, seduziu os mais céticos a crer na necessidade da luta de todos pela igualdade de gênero, a o contrario esta guerra silenciosa que rouba vidas e sonhos de mulheres e meninas não terá fim. Sobretudo, ir ao encontro da mulher “invisível, a cidadã de papel", desarmada de cidadania e esquecidas nas periferias, comunidades, favelas onde a lei Maria da Penha, instrumento valioso na defesa dos direitos da mulher, é enterrado junto a seus sonhos, e por vezes sua vida, pela injustiça e o medo. A iniciativa da Audiência Publica com o tema; Violência contra Mulher reuniu esforço do legislativo, Secretaria do Bem Estar Social e Combate a Pobreza, Sociedade Civil, além de especialistas com vivencias bem-sucedidas a frente desta causa de interesse nacional. Catucia, articuladora do movimento de luta da mulher – Juazeiro, BA. ressaltou em seu discurso a urgente necessidade da formação de multiplicadoras no Uauá, empenhadas a romper fronteiras e chegar onde estão as mulheres “invisíveis”, negras, pobres, analfabetas, gays, lésbica, bissexual - vitimas do preconceito machista.
Curioso; no pronunciamento da brilhante articulista Catucia – ela deixou escapar um novo modelo de homem, que eu não conhecia, mas achei interessante; o “homem acessório”, mas explicou e convenceu.
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